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11/11/2012

BOSQUE REINHARD MAACK

Conheça Curitiba e Região / Parques



Histórico

"O Bosque Reinhard Maack foi entregue à cidade no final de 1989. Desapropriada em 1986, esta área pertenceu à família Hauer, desde 1860. E foi graças ao esforço de Alfredo Hauer que a região Sudeste da cidade tem, hoje, uma área de preservação ambiental.
Localizado no bairro Hauer, possui uma área de 78.000 m2 coberta pela vegetação original de Curitiba, os chamados “capões”. Neles, o pinheiro do Paraná forma um andar superior que cobre os outros, onde aparecem a aroeira, caúba, pessegueiro-bravo, bracatinga, pau-de-bugre, o branquilho. 
A Trilha da Aventura, formada por um conjunto de 16 brinquedos, faz do Bosque Reinhard Maack um lugar diferente dos costumeiros bosques/parques.  Construídos em madeira, brinquedos como o congo, pesca, alvo, trampolim, gangorra, salto, peso, muralha, travessia, hexágono, teleférico, escalada, túnel, escorregador, mirante e argola, vão se sucedendo ao longo da trilha. 
As visitas de grupos de crianças nos dias de semana, tem o acompanhamento do setor de Educação  Ambiental da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, unindo  lazer, educação e consciência ecológica.
Reinhard Maack, que emprestou seu nome ao Bosque, foi um aventureiro de verdade. Veio da Alemanha para o Brasil em 1923 para ser engenheiro de minas da Cia. de Mineração e Colonização do Paraná. Foi ele quem descobriu e mediu o ponto mais alto do Estado, o “Pico do Paraná”, localizado na Serra do Mar e que tem 1.922 metros de altura. Era cartógrafo, geógrafo, paleontólogo, engenheiro de minas, geólogo. Maack organizou e participou de grandes expedições pela África, América do Sul, América do Norte. Realizou pesquisas na Patagônia, Andes, Tunísia, Himalaia, Kilimandjaro. Foi professor de Geologia e Paleontologia  na Universidade Federal do Paraná."
Fonte IPPUC

Horário de Funcionamento
Somente nos finais de semana e feriados das 8 as 18h. Não abre em dias chuvosos.
Endereço
Rua Waldemar Kost, sem número - Hauer, Curitiba - PR
Telefone
41 3350-9182

Opinião

Embora alguns brinquedos não funcionarem por falta de manutenção e algumas lixeiras estarem sem fundo e sem saco de lixo, o estado de conservação do bosque é muito bom, principalmente no que se refere a flora. Em alguns pontos da trilha me senti como se estivesse em uma floresta. As árvores que mais chamam a atenção são as araucárias, não só pelo tamanho mas pela quantidade também.

Um excelente lugar para levar a criançada!!!

Fotos




03/11/2012

Parque Lago Azul - Ganchinho

Conheça Curitiba e Região / Parques


Parque Lago Azul


Histórico
O Parque Lago Azul possui área de 128.500 metros quadrados, antiga propriedade da família Segalla, era usada nas décadas de 1960 e 1970 como parque particular e uma das poucas opções de lazer em área aberta da cidade. Com o tempo foi perdendo a função. A Prefeitura adquiriu a área no fim de 2007 e transformou em parque público.
A entrada do parque é marcada por um portal, e logo em seguida fica o estacionamento, que tem vagas para deficientes físicos e idosos, além de canchas de vôlei e de futebol e módulo da Guarda Municipal que funciona dentro do parque.
Um mirante de madeira no ponto mais alto do parque proporciona vista geral do lago. Para chegar até o mirante o visitante caminha pela trilha dentro do bosque.
O parque conta com calçadas de paver (blocos de cimento intertravados) que garantem acessibilidade e drenagem na área pavimentada.
O campo de futebol suíço, que fica atrás do módulo da Guarda, tem uso controlado. Os interessados podem agendar o campo diretamente no Departamento de Parques e Praças pelo telefone.
Oferece também Pracinha de Água para as crianças com piso de cimento e coberta com uma lâmina de água rasas oito churrasqueiras e trilha.
É administrado pela Prefeitura Municipal de Curitiba.


Opinião
Estive lá hoje, pela terceira vez, e finalmente resolvi caminhar pelo parque e documentar com fotos pra compartilhar aqui no blog. Como das vezes anteriores fomos de bicicleta, eu e meu irmão Atla. O bicicletário parece ser seguro, afinal de contas fica ao lado do posto da Guarda Municipal, mas como é bom prevenir recomendo que acorrentem as bikes.
A estrutura é bacana e o lugar é realmente bonito. Os quiosques são bem organizados e ao seu redor existem hastes com ganchos pra esticar as redes e curtir uma soneca. Uma das duas canchas de areia tem postes pra armar rede de vôlei (até me deu vontade de reunir uma turma...). Existe também um playground pra criançada e uma das famosas academias ao ar livre. Uma ótima notícia, o banheiro é bem limpinho.
Infelizmente, como em todos os outros parques de Curitiba, o problema é o lixo e o mau cheiro da água. Creio que a questão do lixo tenha evoluido muito e em breve teremos pessoas cada vez mais conscientes. Já o mau cheiro da água é por conta dos esgotos sem tratamento que envenenam nossos rios. De um ponto de vista, talvez demasiadamente simplista, o ponta pé inicial deveria ser a fiscalização das redes de esgoto, a fim de eliminar as ligações clandestinas na rede de água pluvial e, em paralelo com projetos de saneamento básico nas comunidades ribeirinhas de ocupação irregular.
De um modo geral gostei muito do parque e dou os parabéns aos seu idealizadores!


Como Chegar

Fotos

Montanhoso, Subindo Montanhas e Conquistando Amizades

08/10/2012

Pedalada Trentino Estação Roça Nova

29.09.12

Faça o Download do Percurso

Ficha Técnica
Dificuldade: Moderado / Difícil - NÃO RECOMENDADO PRA QUEM ESTÁ COMEÇANDO AGORA
Extensão: 97,42 km
Asfalto: 60 km
Estradas de terra: 36 km
Tempo: quase 7 horas de pedalada ininterrupta

Indispensável
Equipamentos de segurança: luvas, capacete, óculos;
Kit manutenção: ferramentas como chaves do tipo allen, fenda e philips, chave de corrente, espátulas, alicate de bico fino, remendo para câmera, câmera reserva;
Kit primeiros socorros: ataduras, antisséptico, esparadrapo;
Água e lanches.

Recomendável
Bicicleta com suspensão: pode ter certeza que fará a diferença nas estradas de terra;
Protetor solar;
Maquina fotográfica;
Lanterna.

Pontos de interesse
Rodovia BR 376 (litoral SC)
Rodovia BR 277 (Litoral PR)
Praça de Pedágio
Cemitério Assunção
Colônia Santa Maria
Barragem represa Caiguava
Estação Roça Nova
Túnel
Pedreira desativada
Agroindústria Piraquara

Equipe
Anderson Siqueira
Atla Amaro
Claro Sato
Cristiano Amaro

Mais Fotos
Montanhoso, Subindo Montanhas e Conquistando Amizades

12/09/2012

Travessia pelos Platôs da Serra Geral - SC




Ficha Técnica
Dificuldade: Difícil / Pesado
Extensão: Aprox. 88 km
Tempo de duração: 4 dias
Ponto culminante: Morro da Boa vista com 1.827 metros
Aquisição de dados: GPS Garmin 60 CSX


Itinerário, distância e custos
Empresa
Trecho
Distância
Custo
Catarinense
Curitiba / Lages
364 km
R$ 56,06
Reunidas
Lages / Alfredo Wagner
100 km
R$ 26,26
Reunidas
Urubici / Florianópolis
171 km
R$ 35,01
Catarinense
Florianópolis / Curitiba
300 km
R$ 44,25


Custo Total R$ 161,58 (preços praticados em Maio de 2012)

Histórico
Localizada entre os municípios de Bom retiro, Alfredo Wagner e Urubici, passando pela Serra Geral, Campo dos Padres e Serra da Anta Gorda, essa travessia é considerada a mais bela e difícil da região sul do Brasil. Parte da travessia é constituída por estradas rurais e o restante por platôs e vales.
A temperatura é extremamente baixa durante o outono e inverno. A geada é muito comum e alguns dias do ano chega a nevar.

Participantes
Cristiano Amaro
Elder Ribeiro
Fernando Amaro
Heder Amaro
Ronaldo Oliveira
Thiago Bürguer

Relato
Quase dois anos após a primeira empreitada resolvemos encarar a travessia novamente. Desta vez contamos com a participação de mais 4 integrantes e tivemos também uma baixa, o Marcelo. Mais uma vez o Atla não pode participar, agora por conta de uma cirurgia recente.
Começamos o planejamento com pelo menos 01 mês de antecedência, decidindo cardápio, cronograma, avaliando a possibilidade de ir de carro até Lages, etc... No final das contas resolvemos ir de ônibus, por questões de segurança e conforto.
Eis que chega o dia tão esperado:

- Sexta feira 27/04/12 – Segura Peão
Mochilas prontas, saímos da minha casa às 20h, eu (Cristiano), meus irmãos Fernando e Heder, o Ronaldo e o Thiago, rumo à rodoferroviária de Curitiba onde encontraríamos o Elder. Véspera de feriado prolongado as imediações da rodoviária fica intransitável, por isso não quisemos carona e fomos de busão mesmo. (como ainda morava no bairro Uberaba pegamos o ônibus Canal Belém, a aventura já começou ai, a rua cheia de buracos e remendos x motorista apresado = touro mecânico kkk).
Pouco depois de chegar na rodoviária encontramos o Elder, que veio de carona com sua esposa. A galera ainda não o conhecia, então aproveitamos o tempo que restava, até a chegada do ônibus, pra quebrar o gelo.
Sem atraso o ônibus sentido Lages chegou as 23:55h

Dica:
- Prefiram sempre o ultimo horário de ônibus para Lages, caso contrário ficarão muito tempo na rodoviária. O primeiro ônibus pra Alfredo Wagner só sai as 9h.

- Sábado 28/04/12 – Prova de Fogo, ou melhor  d’água.
Chegamos em Lages pouco antes das 6h da manhã e fazia muito frio. Combinamos de comprar nosso lanche, que seria a principal refeição do dia, no mercado próximo à rodoviária, que só abre às 8h, mas como o primeiro ônibus que vai pra Alfredo Wagner só sai às 9h tínhamos tempo de sobra.

Pra nossa tristeza começou uma chuva fraca que logo ganhou força. Próximo das 11h desembarcamos na rodovia, bem próximo da entrada da estrada rural que iríamos percorrer. E a chuva não dava trégua. De acordo com o planejado, fizemos uma parada pra lanchar em um pequeno cemitério que fica perto de uma igreja evangélica. Nesse momento todos estavam um pouco desanimados com o risco da chuva não parar.
De barriga cheia, ou quase, retomamos nossa caminhada. Conversei um pouco com um morador local e ele nos desanimou mais ainda, disse que um tempo atrás um grupo subiu os platôs, mas se obrigaram a desistir devido a forte chuva. Seguimos adiante mesmo assim.
Pouco depois do cemitério pegamos uma rua a esquerda que dá acesso a uma propriedade particular. Demoramos pra achar a trilha, mas com um pouco de paciência conseguimos nos localizar e iniciamos a subida por volta das 16h. Cada um estava levando em media 15 kg de bagagem, mais o peso da água acumulada e o cansaço da viagem e da estrada, fizeram com que a subida fosse interminável. O Ronaldo estava na frente seguido do Heder e do Fernando, enquanto eu o Elder e o Thiago ficamos por último. Fomos avançando lentamente a dura e íngreme subida enquanto escurecia, chovia e esfriava cada vez mais. O pior é que sabíamos que o local do primeiro acampamento era irregular e cheio de touceiras.
Finalmente chegamos até o local, exaustos molhados e de baixo astral. Armar acampamento se tornou uma tortura, ventava e chovia muito. Eu já não estava sentindo mais minhas mãos o que tornou a tarefa ainda mais complicada. Decidimos que não faríamos o jantar e comemos bolachas pra saciar a fome. Na da barraca, totalmente inclinada e molhada por dentro, passamos por uma prova de fogo. Choveu forte a noite inteira e acredito que todos estavam se perguntando se valeria a pena continuar no dia seguinte.

Dica:
- Cuidado, os motoristas não sabem onde fica a estrada, deixe o GPS ligado e informe onde  quer descer. O bairro chama-se Lomba Alta e fica a aproximadamente 10 km da rodoviária de Bom Retiro.
- Siga sempre pela estrada principal, não tem erro.

- Domingo 29/04/12 – Ronaldo e seu Cajado
Amanheceu. Junto com o amanhecer veio o sol e a chuva cessou. Estávamos mais uma vez animados, a felicidade era tanta que eu estava rindo até das piadas sem graça que eu mesmo contei kkk.Tomamos um merecido café da manha enquanto ajeitávamos as tralhas e então iniciamos oficialmente a caminhada pelos platôs.

Com o tempo aberto tivemos a primeira vista dos platôs e das montanhas à sua volta. Nenhuma foto é capaz de descrever a beleza do local, mas dá pra ter uma noção. A mãe natureza foi muito generosa e nem mesmo a intervenção dos fazendeiros, com queimadas regulares, puderam estragar a paisagem.
A vegetação estava encharcada, dificultando (e melecando rs) nossa caminhada. Para avançar com menos esforço preferimos andar pela lama, acumulada em uma pequena trilha de gado beirando um barranco. O inevitável aconteceu. Deparamos-nos com um pequeno rebanho de gado. Confesso que fiquei bem apreensivo porque o desgramado nos seguia com seu olhar macabro e não arredava os pés do lugar. Para evitar o confronto corpo a corpo nos enfiamos no mato e desviamos nosso caminho. Me disseram que só os touros são perigosos, como não sei diferenciar um touro de um boi e não estava a fim de perguntar pra ele, resolvi me acovardar mesmo. (mais vale um covarde safo do que um valentão chifrado hehe).
Nesse meio tempo o Ronaldo arranjou um cajado. Foi amor à primeira vista, acho, inclusive, que ele até dormia com o dito cujo. No começo fomos meio relutantes, mas depois acabamos aceitando, dado as múltiplas funções que ele estava exercendo em função do grupo. Mais pra frente entenderão melhor.

Próximo ao meio dia paramos pra fazer o almoço ao lado de um pequeno córrego. Dividimos as tarefas, como de praxe, e minha tarefa era fazer o fubá. Já estava ficando irritado com a demora do processo, o troço não engrossava de jeito nenhum. Eis que o Thiago me deu uma grande dica: “pô desse jeito não dá mesmo, você não ligou a fogareira!” kkkkkkkkkkkkkk O detalhe é que já fazia mais de 15 minutos que eu estava mexendo a gororoba hehe. Problemas técnicos resolvidos almoçamos, lavamos a louça L e voltamos a caminhar.
Agora estávamos indo em direção ao primeiro vara mato, intitulado como ponto 33 no nosso GPS. Trata-se de passar de um platô para outro, e é claro que sempre tem um vale no meio. Como da última vez tivemos muita dificuldade em transpor esse obstáculo, avaliamos bem a direção a seguir antes de entrar no mato. Graças aos gados existem vários “caminhos” batidos, caso contrário à dificuldade seria bem maior. Procuramos manter a mesma altitude, para não descer o vale. Fomos costeando um morro até o ponto mais alto em comum com o outro, já do outro lado precisamos atravessar um banhado repleto de touceiras e caratuvas. Pronto, sem dificuldades já estávamos caminhando pelos platôs novamente.

Nosso objetivo do dia era acampar próximo ao morro do seio. Já estava escurecendo e decidimos passar o morro descer e acampar perto do rio, como da última vez. Tomei uma decisão errada e subimos muito antes de desviar o cume. Isso nos custou muito tempo e energia, pois passamos do ponto de descida e tivemos que enfrentar um vara mato desnecessário. Foi um perrengue grande porque já estava escuro e o mato estava muito fechado. Recorremos ao GPS e tentamos, dentro da mata, acertar a direção. O problema é que não poderíamos descer muito porque existe um vale enorme à direita, ou seja, deveríamos manter a altitude e rumar à esquerda, mas estava impossível, a cada passo que dávamos nos afundávamos na lama até o joelho. Depois de muita peleia avistamos a clareira. A alegria foi geral.

Montamos acampamento e começamos o procedimento do jantar, a temperatura despencou e antes das 23h o termômetro marcava quase 3ºC negativos. Pelo menos teríamos uma noite confortável, o lugar que acampamos era plaino, macio e seco e de quebra levei um colchão inflável. Pensei: “terei a melhor noite de sono da minha vida”. Doce engano antes da 1h da madruga acordei todo mundo com um berro: “filha da p...” a porcaria do meu colchão estava furado e esvaziou kkkk o Ronaldo teve o mesmo problema e se conformou quando soube que eu estava dormindo no “duro” também hehe. Pelo menos ele serviu como isolante térmico, pesado, diga-se de passagem, 2,5 kg kkkkkkkkk
Dica:
- Procurem caminhar pelas encostas, não caiam na tentação de cortar caminho pelo meio pois é muito difícil andar pela vegetação;
- Certifiquem-se de a fogareira está ligada rs;
- Nada de colchão, a melhor opção é o isolante térmico, embora não seja tão confortável ele não te pregará nenhuma peça;
- Carta topográfica, bússola e GPS são indispensáveis para conforto e segurança do grupo;
- Estudem a curva de nível do terreno, isso irá facilitar as coisas, principalmente na hora do “vara mato”.

- Segunda 30/04/12 – Cadê o Junior?
6h da manhã, forte geada, um frio lascado! Para poupar espaço dentro da barraca colocamos as mochilas dentro de um saco. O Ronaldo (desavisado hehe) deixou sua calça em cima da barraca (não me perguntem por que) e ela ficou parecendo um pedaço de madeira, estava totalmente congelada, assim como a bota de quem deixou no tempo. Como sou esperto coloquei tudo dentro de um saco, dentro da mochila e a mochila dentro de outro saco...

Foi uma tormenta atender as necessidades fisiológicas, se é que vocês me entendem, o júnior coitado nem queria dar as caras fora da cueca, fora o vento gelado batendo na bunda rs. O Heder e o Elder ficaram incumbidos de lavar a louça do jantar do dia anterior, coitados. Demoramos mais do que o planejado pra levantar acampamento e começamos andar quase ás 9h. Com os pés congelados iniciamos a subida de mais um morro, um dos últimos que subiríamos. Lentamente fomos ganhando ritmo e altitude. Batemos algumas fotos com a bandeira do Montanhoso e continuamos nossa caminhada.

Antes de subir o derradeiro morro tivemos que encarar outro rebanho, que estava próximo da porteira que deveríamos passar. O problema é que do outro lado da cerca tinha uma vaca e os bois não saiam do caminho, de certo com interesses reprodutivos rs. Novamente a falta de coragem nos abateu, quem sabe se tivéssemos crescido no interior fossemos mais “corajosos”. Apelamos pra uma técnica muito antiga, o grito, mas nem deram bola, só tinham olhos e ouvidos para a fêmea. Fomos obrigados a margear a cerca e pular bem pra baixo de onde deveríamos, mas tudo bem deu tudo certo.

A última subida foi tensa, ao menos pra mim, subi bem devagar tentando poupar energia. Logo estávamos começando a descer e pouco tempo depois fizemos o último e pequeno vara mato, composto basicamente por arbustos e caratuvas. Como planejado chegamos ao rio na hora do almoço. Na verdade fizemos um banquete, com direito a arroz tropeiro e feijão. Nem preciso dizer que comi demais né!? rs. Aproveitamos para nos limpar (se não perceberam até agora não comentei nada sobre banho, até porque não existiu kkk), todo mundo relaxado de pés descalços... kkkk quase morri de rir quando vi o pé da rapaziada (isso inclui o meu também), bolhas, feridas etc...
Os platôs ficaram pra trás e mais um longo trecho de estradas rurais nos esperavam. Saímos do rio quase às 15h e no cair da noite estávamos pedindo água em uma propriedade particular onde dois sujeitos cuidam de cabras. Andamos até às 20h e arranjamos um lugar bacana pra acampar. Novamente a temperatura foi negativa e mesmo bem agasalhados e dentro do saco de dormir passamos frio. Não concordei com o grupo, achava que deveríamos ter andado mais durante a noite e acampado mais adiante, por sorte a maioria venceu e no outro dia percebi que aquele realmente foi o melhor lugar pra acampar e por sinal foi a melhor noite de sono que tivemos.

Dica:
- Programem com antecedência os pontos de parada;
- Levem clorin (comprimido a base de cloro que pode ser encontrado em lojas especializadas de montanhismo) porque muitas vezes a água parece saturada, fora a contaminação pelas fezes dos gados.

- Terça feira 01/05/12 – Pernas Pra Que te Quero / A Praça é Nossa
Por ter acampado antes do local programado tivemos que andar a passos largos. Todos estavam delirando com a possibilidade de almoçar em um restaurante em Urubici. O cansaço nos pegou de vez e ainda faltavam alguns quilômetros para nosso destino final. Agora voltarei a falar do cajado do Ronaldo. Além de ter sido seu fiel companheiro o cajado nos ajudou a passar por buracos enlamaçados (sério, enquanto estávamos nas montanhas todos sujos nem ligávamos para a lama, bastou limpar a roupas e botas pra que ficássemos enjoados hehe). Embora tenha sido de muita utilidade o final do cajado foi trágico, andávamos lado a lado, eu e o Ronaldo, quando ele escorregou e não conseguiu segurar o pau kkkkkk fui atingido na barriga, o que causou muita, mas muita dor mesmo (fiquei mais de uma semana com hematoma). O Fernando, que já não ia com a cara do coitado (cajado) mesmo, ficou furioso e o lançou para o meio do mato. Senti pena do Ronaldo, achava que tava rolando um clima, sem viadagem, estilo o Wilson do Náufrago. Mas esse foi o fim do guerreiro.
Depois de muito esforço chegamos até uma simpática pousada, nas proximidades do rio dos Bugres, onde conseguimos carona para vencer os 3 ou 4 últimos quilômetros. E o melhor, ainda eram 11h da manhã.
Chegamos ao restaurante. Estávamos parecendo favelados e garanto que nosso cheiro não deveria ser de perfume Frances. A impressão que dava é que todos estavam nos olhando, mas a fome era tanta que acabamos desencanando. Pela foto dá pra avaliar o tamanho da fome hehe.
Depois de um bom tempo comendo fomos em direção ao posto rodoviário, no centro de Urubici, de onde partiria o ônibus com destino a Florianópolis. Ainda era muito cedo e o busão só iria sair às 18h, então fomos até o banheiro do posto de gasolina trocar de roupa. Fiquei por último pra usar o banheiro e quando entrei dei de cara com um chuveiro kkkk eu tinha sabonete, shampoo, anti-transpirante, perfume... hehe Fui o único quem tomou banho. Estava me sentindo o rei da cocada preta, limpinho, cheiroso huahauhuahua o Ronaldo ficou morrendo de inveja!
Sentamos na pracinha e ficamos papeando enquanto aguardávamos o ônibus, o Thiago tava parecendo um mendigo, pensei até que ele iria ganhar uma esmola de umas velhinhas que estavam fazendo piquenique. No horário certo embarcamos sentido Floripa e assim que chegamos lá já tinha um ônibus pra Curitiba na espreita. Pouco depois das 3h da madruga desembarcamos na rodoferroviária e nossa aventura chegou ao fim.




Clique no mapa abaixo e faça o download do arquivo para GPS ou Google Earth





Mais Fotos




Relato: Cristiano Amaro
Fotos: Elder Ribeiro, Fernando Amaro e Heder Amaro

Montanhoso, Subindo Montanhas e Conquistando Amizades

03/09/2012

Pedalada Estrada Ganchinho / Gerê - 47 km

01.09.12



Ficha Técnica
Extensão: Aproximadamente 47 km;
Nível: Fácil - Moderado;
Ponto de origem e retorno: Estrada do Ganchinho - Curitiba - PR.

Pontos de interesse:
- Parque do Lago Azul;
- Ponte sobre o rio Iguaçu;
- Volks Audi;
- BR 376;
- Viaduto Contorno Leste.

Parque do Lago Azul

Atla, Cristiano, Anderson e Claro da esquerda pra direita

Hora do recreio kkk

Ponte sobre o rio Iguaçu

Percurso


Montanhoso, Subindo Montanhas e Conquistando Amizades

20/04/2012

Pedreira de Campo Magro – Entrada Proibida





Segundo reportagem da Gazeta do Povo a pedreira de Campo Magro, muito visitada ultimamente, pertence a uma empresa privada e sua entrada é proibida. A Prefeitura de Campo Magro demonstrou interesse em comprar da pedreira para transforma-la em um ponto turístico oficial, mas a falta de verba colocou um ponto final na negociação.

Pra quem não conhece a pedreira ela fica nas proximidades do Morro da Palha, aquele muito utilizado para saltar de paraglider. O acesso não é dos melhores, além de não ter sinalização alguma a estradinha é muito precária, cheia de buracos e “pedras-fura-cárter”. Tive a oportunidade de visitar algumas vezes a pedreira e também as Cachoeiras Gêmeas, que ficam bem próximas do local. Embora sejam bem pequenas vale a pena conhecer. No meio da pedreira tem um lago rodeado de paredões desbastados por explosivos, utilizados na extração de pedras.
Aos domingos mais se parece com um parque do que uma pedreira desativada. Muitas pessoas levam churrasqueiras e passam o dia com a família na beira do lago. Ouvi algumas histórias (não sei se verídicas) que alguns visitantes combinaram álcool com a falta de experiência e quase morreram afogados no lago, que por sinal é bem profundo. Pela falta de estrutura (e educação também) muito lixo, como latinhas de alumínio e garrafas pet, fica espalhado e acaba caindo na lagoa.
Mesmo sendo a entrada proibida nunca me barraram e nunca ouvi dizer que alguém foi barrado. Duvido que a empresa colocaria um segurança em uma área que não trará nenhum retorno financeiro. A beleza do local é indiscutível e tenho certeza que todos ganhariam se o transformassem em um parque. Talvez uma parceria entre a empresa e a prefeitura da cidade, já que uma não tem dinheiro pra comprar e a outra não quer investir em infraestrutura.

Como Chegar:

Exibir mapa ampliado



Mais fotos:
Cachoeira Gêmeas

Paredões
Montanhoso, Subindo Montanhas e Conquistando Amizades

12/04/2012

Trilha Costeira de Zimbros - Bombinhas SC


18.03.12
Download do aquivo para Google Erth



Ficha Técnica:
Dificuldade: Fácil / Moderado
Distância: 8 km – ida e volta

Pontos de Interesse:
- Praia de Zimbros;
- Praia do Cardoso;
- Praia da Lagoa;
- Praia Triste;
- Praia Vermelha;
- Cachoeira Praia Triste.

Quem pode ir:
Dado a dificuldade arrisco dizer que qualquer pessoa com pouco preparo físico é capaz.

Localização:
A trilha costeira de Zimbros inicia-se no final da praia de mesmo nome, localizada no município de Bombinhas em SC.


Relato:

Praia de Zimbros – Boi Na Linha
Estávamos hospedados em uma pousada bem bacana na praia de Zimbros, próximo ao inicio da trilha. Por volta das 7h iniciamos nossa caminhada, eu e a Cricia. O dia estava perfeito, poucas nuvens e temperatura agradável.
Inicio da Trilha
No final da praia havia três garotos, estavam equipados com arpão, snorkel, pés de pato... (pensei até que iam pescar tubarão ahaha). Quando perceberam que nosso intuito era fazer a trilha costeira começaram a nos assustar. Disseram que por conta da farra do boi (ainda muito forte em SC mesmo com a proibição por lei) haviam soltado um boi nas proximidades da Praia Triste, um dos pontos ao qual deveríamos passar. Eles falavam tão rápido e cantado que foi a única coisa que conseguimos entender em 5 minutos de conversa rs. Decidimos continuar mesmo com a possibilidade de ter que encarar o boi.

Praia do Cardoso – Pegadas na Areia
Praia do Cardoso
Areia Grossa
Iniciamos a trilha de fato e já no começo tem uma subidinha íngreme e cheia de erosões, mas poucos metros adiante já estávamos na Praia do Cardoso. Percebemos que a areia era bem mais grossa que a de Zimbros, descobri depois que isso ocorre por conta de sedimentos, provenientes da criação de mariscos. Acredito que esta seja a praia com a faixa mais curta de areia, mas igualmente bonita e interessante.





Praia da Lagoa – Pesca Mortal
Praia da Lagoa
Tubarão???
Saímos do Cardoso e retomamos a trilha. Os garotos estavam um pouco a nossa frente e constantemente gritavam: olha o boi ahahaha, estavam realmente querendo nos assustar. Este trecho é um pouco mais extenso que o anterior, mas em poucos minutos já pudemos avistar a Praia da Lagoa.
E lá estavam os garotos preparando-se para “caçar” na lagoa de pouco mais de meio metro de profundidade kkkkkkkk Fiquei me perguntando pra que tantos aparatos hehe. Ficamos algum tempo apreciando a vista e batendo algumas fotos e então deixamos os garotos e seguimos adiante.

Praia Triste – Triste?
Praia Triste

Bifurcação Morro da Antena
Muito cuidado, pouco depois de reiniciar a trilha, sentido Praia Triste, existe uma bifuração. Deve-se pegar a esquerda, caso contrário sairá no Morro da Antena. Pedi que a Cricia me aguardasse enquanto percorria parte da trilha a direita. Cheguei até a parte mais alta, antes do pequeno vale que teoricamente daria acesso ao tal morro. A vista era sensacional, dava pra ver a fazenda de mariscos e a Praia do Cardoso.
Voltei até a bifuração e continuamos nossa pequena jornada. Dali até a próxima praia o caminho ganha altitude e a vista fica cada vez melhor. Bati uma foto de Governador Celso Ramos, que lá de cima mais se parece com uma ilha. Então começamos a descer e trilha tinha cada vez mais erosão até que chegamos a Praia Triste, que de triste só tem o nome mesmo.
Governador Celso Ramos
Havia um grupo acampado lá, com direito a crianças e cachorros hehe. Conversamos um pouco com eles e constatamos que a história do boi era verídica, mas que ele já não estava mais por lá, tinha seguido em direção a Porto Belo. O Coitado foi levado amarrado até a praia de barco. Sabíamos que havia uma cachoeira ali perto, mas preferimos deixar pra volta.

Praia Vermelha – Motos e Freud
Praia Vermelha
Motocross
Existe um abrigo bem próximo da saída da Praia Triste, infelizmente em mal estado de conservação. Este é o mais longo e difícil trecho da trilha, cheio de subidas e erosões. Ficamos abismados quando ouvimos um barulho de motores. Eram dois motoqueiros fazendo a trilha com suas motos barulhentas. Os caras são realmente profissionais, pois muitos trechos eram complicados de fazer, mesmo a pé. A Cricia já estava bem cansada e assustada com as motos e não queria mais seguir adiante, então tive de apelar pra psicologia: calma falta pouco – disse mesmo sabendo que faltava um tanto considerável hehe.
Depois de descansarmos um pouco e conversarmos muito continuamos nossa caminhada. Para desespero da Cricia ouvimos novamente barulho de motores, desta vez eram outros dois motoqueiros que vinham no sentido oposto. Pensei que era o fim da trilha pra gente porque a Cricia estava apavorada, com medo de ser atropelada pelas motos. Com muito custo a convenci a continuar (te devo uma Freud kkkk)
A trilha se tornou extremamente agradável e finalmente a paz voltou a reinar. Este é o trecho de trilha mais bonito de todo o percurso. Quem me conhece consegue imaginar como estava me sentindo. Após quase 40 minutos de caminhada já conseguíamos ver a silhueta de um conjunto de pedras junto à beira da Praia Vermelha.

Sr. Osnildo – Único Morador e Defensor da Praia Vermelha
Casa do Sr. Osnildo

Gerador
Finalmente estávamos na última praia. Subi nas pedras pra sentir um pouco mais de emoção, enquanto a Cricia ficou sentada batendo fotos. Ouvi latidos de cachorros e vi dois correndo em direção a Cricia, felizmente eles só estavam a fim de fazer novas amizades hehe. Continuei escalando as pedras e percebi que agora quem se aproximava era um senhor. Voltei pra areia e me apresentei ao Sr. Osnildo.
Troféu Abacaxi
Este homem de 63 anos de idade é caseiro de uma propriedade particular, a única da Praia Vermelha. Ele nos contou que fazem 14 anos que vive sossegadamente ali. Ficamos mais de uma hora conversando com ele e antes de ir embora nos convidou a conhecer a propriedade. O Sr. Osnildo trata muito bem seus cães e fez questão de deixar isso bem claro. O “terreiro” estava bem varrido e muito organizado, um exemplo de organização e higiene. A luz elétrica é produzida por um pequeno gerador movido por uma roda d’água, infelizmente a foto não ficou muito boa L. Fomos presenteados com dois pequenos abacaxis (posteriormente o intitulamos como PREMIO ABACAXI) e então nos despedimos do Sr. Osnildo. Confesso que tanto ele quanto eu a Cricia ficamos tristes com a despedida, foi muito agradável passar aquele tempo conversando.

Cachoeira da Praia Triste – Solo
Cachoeira da Praia Triste
A volta foi muito mais tranquila, estávamos descansados e contentes com os abacaxis rs. Em pouco mais de uma hora estávamos na Praia Triste. Próximo do “abrigo”, quase na areia, existe uma bifuração que leva até a cachoeira. Segundo as pessoas, que estavam acampados, a trilha não passava de 1 km então decidimos subir.
Depois de caminhar um longo trecho por uma trilha sem dificuldades o caldo começou a engrossar, surgiu uma subida bem íngreme cheia de buracos. A Cricia decidiu voltar pra praia e eu continuei.
Não é muito fácil achar a cachoeira, tive que ficar prestando a atenção no barulho da água pra me localizar porque o acesso é bem discreto. Dica: depois do subidão a trilha faz uma curva de 90º e é nesse ponto que deve-se descer sentido rio.

A Volta a Lagoa – Duendes, Aviões e Nuvens
Da Praia Triste até a Praia da Lagoa dá pra fazer em 30 minutos. Não via a hora de tomar um banho refrescante. Havia um casal na beira da lagoa, não lembro o nome deles (e duvido que eles se lembrem de alguma coisa ahahaha), mas eram muito simpáticos. Fui desencorajado a entrar na água, o rapaz deu um mergulho e saiu cheio de barro kkkk. Ficamos um tempo conversando com eles e descobrimos que estavam acampados ali há um dia. Falei sobre o Montanhoso e nossas atividades e nos contaram que já moraram em Curitiba e conheceram o Morro do Canal. Vou tentar relatar a experiência que o rapaz compartilhou com a gente: “Cara, muito loco aquele lugar. Um dia estava no cume do Canal e vieram umas nuvens tipo assim... sei lá sabe, aquelas nuvens cobrindo o cume, daí levantei os braços e parecia que estava num avião, tipo voando mesmo sabe!?” kkkkk O cara contava e gesticulava com os braços erguidos e a namorada dele só dava risada com os olhos quase fechados. Não sei o que eles fumaram, mas imagino que era do bom kkkkkkkkkkk.

Retorno – Moral da História
A volta foi muito mais rápida e antes da 15h já estávamos em nosso chalé.
No outro dia almoçamos em um restaurante nas proximidades e a Cricia já havia feito amizade com a dona (também ela conversou até com os cachorros). Quando contamos que tínhamos ido até a Praia Vermelha e conhecido o Sr. Osnildo ela ficou de cabelos em pé. Disse que ele era louco, meio psicopata e que todo mundo tinha medo dele. Perguntei se ela realmente o conhecia porque o homem que conhecemos era simpático e hospitaleiro. Então ela disse que só tinha ido até lá uma única vez e que nunca havia conversado com ele.
Durante a conversa com o Sr. Osnildo ele se queixou da falta de respeito de alguns visitantes, que muitas vezes adentram a propriedade sem o seu consentimento. Percebemos também que ele, embora simpático, não tolera bagunceiros.
Muito provavelmente o mito foi criado por pessoas que tiveram algum tipo de desavença com o pobre homem e injustamente disseminado na comunidade local.
Não fiquem com medo de conhecer o Sr. Osnildo, tenho certeza que se forem educados e respeitosos terão uma agradável prosa com o defensor da Praia Vermelha.



Links Úteis:

Montanhoso, Subindo Montanhas e Conquistando Amizades
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